A alguns dias, publiquei uma enquete que tinha o intuito de colher de meus leitores, opiniões a respeito da “doutrina” do “pecado de estado”. Apesar de ninguém ter se disposto a expressar suas idéias nos comentários, após algumas conversas e muita reflexão, cheguei as seguintes constatações a respeito do tema proposto:
- Fato: Voluntariamente ou não, somos sócios do estado, pois seu sustento advém dos impostos que pagamos, ao passo que tiramos proveito dos benefícios que este nos oferece;
- Fato: Sofremos por conta do mal funcionamento da máquina estatal. A malversação de recursos públicos, que deveriam ser destinados a saúde, educação e segurança pública nos afeta diretamente;
- Fato: Acredito na onipotência de Deus e creio piamente que Ele pode, de acordo com a Sua soberana vontade, interferir nos rumos da história. Contudo, os males citados no item anterior, são consequências naturais de uma administração corrupta, não é preciso uma ação sobrenatural da parte Deus para que eles se abatam sobre nós;
- Fato: Só alguém dotado de consciência é capaz de pecar;
- Fato: Assim como nós, o estado tem uma “consciência” que o rege (constituição);
- Fato: No entanto, o estado, assim como a sua suposta consciência, não se sustentam sozinhos. A consciência estatal é fruto da mente humana;
- Fato: Podemos ter problemas por estarmos coligados a um estado adoecido, isto porém, não pode ser interpretado como uma punição divina;
Concluo portanto, que o estado pode ser tão pecador quanto uma samambaia! Não existe este tal “pecado de estado” e sim um estado de pecado em que muitos se encontram.