Não sou telespectador de novelas nem pretendo assistir “Salve Jorge”. Não por conta das sementes de terror lançadas no solo fértil das mentes supersticiosas dos evangélicos, muito menos por conta da proposta de boicote que tomou de assalto as redes sociais nestes últimos dias, mas por não me sentir atraído por mais esta “trama étnica” de Glória Perez.
EDIT: Para os que não viram, eis umas das imagens que circularam pelas redes sociais, conclamando os crentes a boicotar o folhetim global.
“Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies?” (Colossenses 2:20,21)
Por Ele 
Disse duas vezes no facebook, especialmente em resposta a católicos desavisados que endossam o erro do sincretismo: para quem não é católico, dizer “Salve, Jorge!” ou dizer “Salve, Hebe Camargo!” dá na mesma.
O pior no tema da novela, creio eu, é que ele reforça o grande erro do sincretismo. A idéia da novela não é uma ofensa à fé católica, mas uma ofensa à inteligência!
Olá Bruno, tudo belezinha?
Pelo histórico da Rede Globo e de seus autores, não duvido que o sincretismo tenha grande espaço na trama do folhetim, minha bronca no entanto, é com o terrorismo feito por alguns. Estes andaram espalhando que o simples fato de assistir a novela trará maldição a nossos lares… Hipócritas! Coam um mosquito e engolem um camelo! Se importam com símbolos ocultos no logo da novela, mas não mostram a mesma preocupação com a diabólica teologia da prosperidade que tem tomado de assalto várias “igrejas”, nem dão atenção a outros fatos que requerem nossos cuidados e orações, como o incentivo ao consumismo que nossas crianças são submetidas desde a mais tenra idade ou ao avanço do crack… Nada disso importa! Importante mesmo é boicotar uma novela! Santa Irrelevância!!
Vi também várias mensagens onde as pessoas exclamavam “Queima Jorge” ou “Vai pro inferno Jorge” e outros absurdos do gênero. Fico triste, pois estes nunca tiveram a oportunidade de conhecer a verdadeira história de Jorge da Capadócia, que nem sobre tortura negou a Cristo ou cedeu a idolatria do império romano.
Abraços,
Carlos